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Resista, mas deixe fluir

  • Foto do escritor: Fê Pier
    Fê Pier
  • 4 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Eu sei. Parece contraditório.


Mas o que muda é o objeto, a direção pra onde se aponta cada movimento.


Resista, como ser humano. Não se entregue aos sentimentos de baixa frequência que podem surgir nesse momento.


Resista. Não se deixe vencer por pensamentos ruins, limitantes, limitados.


Resista. Mantenha seus hábitos saudáveis, fazendo o que te faz feliz, pelo menos um pouquinho, todos os dias.


Resista, porque não existe outra opção senão essa.


Mas não faça de você uma resistência tão grande a ponto de não se permitir fluir.


Não seja um ponto de bloqueio de energia das coisas que precisam e vão acontecer no mundo.


Não lute contra as mudanças, elas já estão acontecendo e vão seguir assim porque nós como humanidade precisamos delas.


Não revide sua raiva pro mundo, pela ausência de controle que você tem sobre uma situação.


Uma vez eu li que a raiva é uma manifestação de uma necessidade sua que não foi atendida (créditos ao incrível criador da "Comunicação Não-violenta", Marshall Rosenberg), achei incrível essa definição. Simples e direta.


Então, ao invés de se conectar com a energia da consequência de não ter sua necessidade atendida, experimenta olhar pra si, perceber qual necessidade era essa e por que ela se manifesta em você dessa forma. Quando nos deixamos tomar pela raiva, o maior prejudicado somos sempre nós mesmos.


Na yoga, também devemos estar atentos à essa resistência. Quando chegamos em um asana que é desafiador pra nós, nosso corpo tende a resistir um pouco antes de chegar no seu limite. É como um mecanismo de defesa, um freio precoce antes de chegar no último estágio.


Mas se, conscientes desse mecanismo, conseguimos relaxar e deixar fluir após chegar nesse ponto de resistência, percebemos que conseguimos ir além dele, mesmo que só um pouquinho.


O nosso corpo é uma máquina perfeita e completamente integrada à natureza e ao universo. Escutar o que ele tem pra nos dizer, com respeito e consciência, é um ato de amor. Aceitar o que o universo nos trás, também.



Portanto, o meu conselho é que você resista, mas deixe fluir.

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