Harmonização é amor

Existem alguns alimentos que parecem que foram feitos para serem servidos juntos. Bacalhau com azeitonas pretas, bife com batata frita, morango com chocolate... Foram todos feitos uns pros outros. Às vezes, também, as comidas combinam muito com o que você toma enquanto está comendo, como uma massa com um bom vinho, ou amendoim japonês com uma cerveja pilsen.

Essa combinação incrível de sabores que realça cada alimento de forma individual e cria uma explosão deliciosa dentro da boca é chamada harmonização. O fenômeno social mundial da gourmetização contribuiu imensamente para a difusão de conhecimentos sobre harmonização dos alimentos. Tá na moda saber harmonizar!

Isso porque um alimento, antes considerado comum, se trabalhado de um jeito um pouco diferente (e nem sempre mais elaborado, viu?) pode se transformar em uma coisa incrível. E a harmonização dos sabores leva toda essa “deliciosidade” a um outro patamar de maravilhas culinárias.

A harmonização nada mais é do que encontrar o par perfeito para cada prato, é o amor mais puro em forma de sabor. E que legal que é quando encontramos aquela pessoa que harmoniza com a gente, né?

A sensação de prazer que a explosão de sabores dos alimentos nos proporciona é a mesma de quando encontramos as nossas “almas gêmeas”. É saber que aquele indivíduo, com todas as qualidades, defeitos, personalidade, trejeitos, manias, com toda a sua história de vida e amadurecimento, combina perfeitamente com você naquele momento. Encaixa mesmo, sabe?

E não adianta querer achar sua harmonização perfeita antes do tempo, seria como tirar o frango do forno ainda cru para tentar servir com a farofa. Não! A harmonização (das comidas e dos amores) tem o tempo dela pra acontecer e, se tentarmos forçar que ela aconteça no tempo errado, desanda.

Não existe esse negócio de panela sem tampa, só precisamos esperar pela pessoa que vai combinar perfeitamente com a gente, aquele “ment do be” mesmo. Quando chegar a hora da sua harmonização acontecer, você vai saber, e aí vai perceber que, no fundo, você nunca tinha harmonizado de verdade com mais ninguém.