Bancar seus sentimentos

Tá aí uma das coisas mais difíceis de se fazer. Bancar é tomar pra si, bater no peito e falar "é isso mesmo, algum problema?".

É o ápice da autoconfiança daquilo que se sente.

Quem banca o que sente se acha o tal, tem a certeza do que quer, do que gosta, do que procura e do que já encontrou... e não abre mão daquilo! Falar as coisas, às vezes, é fácil. Mas tem hora que o sentir também vem fácil.

Tem gente que desperta na gente um negócio tão gostoso, leve, simples. E quando a gente vê, aquela companhia te faz tão bem que você não quer mais abrir mão dela! A gente começa a querer fazer tão bem pra aquela pessoa quanto ela nos faz. E aí meu amigo, já era... você piscou e tá apaixonado (de novo)! O problema é o que vem depois disso.

Você começa a pensar demais, a lembrar de todas as vezes que não deu certo antes, a refletir sobre tudo que pode dar errado naquela relação e quando você vê, seu medo já tomou conta de tudo e o que era leve e despretensioso virou um fardo difícil de carregar.

Sentir é fácil pra quem vive de coração aberto! Difícil é bancar isso depois que já se está sentindo.

Mas se eu pudesse te dar um conselho seria: não deixa esse medo se instalar!

Todo mundo tem um passado, todo mundo tem seus traumas e questões e, para resolvê-los, eu receito umas boas sessões de terapia, no consultório ou numa mesa de bar na companhia dos amigos. Mas cara, não deixa de viver uma paixão por causa disso.

A gente tá aqui pra aprender, evoluir, quebrar a cara às vezes se for preciso. Porque no fim, o que conta é o que a gente viveu, o quanto a gente amou e foi amado, quantas paixões arrebatadoras a gente teve que nos tiraram o chão e nos levaram ao céu achando que dessa vez com certeza era o grande amor da sua vida.

E se depois não foi, se o final não foi feliz como nos filmes, pelo menos você viveu, você tentou, você se jogou em algo que dá muito mais medo do que pular de bungeejump.

Eu não tenho experiência em bungeejump, mas em compensação em amores, me jogo sem olhar pra trás!