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Alongando a respiração

  • Foto do escritor: Fê Pier
    Fê Pier
  • 4 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Respirar é alongamento.


Por que não?


Assim como antes de fazer um exercício e usar seus músculos pra fazer uma atividade física você precisa se alongar e se aquecer, preparando seu corpo para o próximo movimento, na respiração acontece a mesma coisa.


Tente encostar seus dedos das mãos nos dedos dos pés sem dobrar os joelhos no início de uma corrida. Depois, tente no final, já aquecida e com os músculos em movimento. A diferença é enorme. Com a respiração também.


Quando começamos a meditar, ainda com a mente tomada pelas preocupações do dia a dia, demoramos a entrar em estado de relaxamento. Demoramos a nos conectar com cada parte do nosso corpo para despertar nele todo essa sensação de calmaria. Nossa respiração começa mecânica, rápida, com pequena amplitude.


A ansiedade, o estresse e a falta de atenção plena nos fazem respirar pequeno e, por isso, menos. Quando estamos respirando de forma inconsciente, costumamos utilizar a parte alta do nosso tronco, o que chamamos no Yoga de respiração alta. O problema é que essa respiração torácica utiliza apenas 10% da capacidade pulmonar, ou seja, aproveita muito pouco o oxigênio que entra em nosso corpo.


Já se percebermos a forma como um bebê respira, podemos notar que ele expande o abdômen quando inspira e retrai quando exala. Essa forma de respiração abdominal, também chamada respiração baixa, é responsável por 60% da nossa capacidade pulmonar. Isso acontece porque quando inspiramos e expandimos o abdômen, o nosso diafragma é empurrado para baixo permitindo que haja mais espaço para o ar entrar.


Existe também a respiração média ou intercostal, na qual expandimos a área das costelas no centro do nosso tronco. Essa respiração é responsável por cerca de 30% da nossa capacidade respiratória e costuma ser a menos praticada pois exige um nível um pouco maior de consciência respiratória e corporal.


Quando mais ampla nossa respiração, maior a quantidade de oxigênio conseguimos aproveitar e, por isso, menos ansiedade sentimos. E esse estágio vai chegando aos poucos no estado meditativo, como se nossa respiração fosse aos poucos se alongando e se aquecendo, como músculos que são, até chegar à sua real amplitude.


Quando você chega nessa respiração, grande, completa, calma e ampla de verdade, o relaxamento é consequência imediata. A amplitude da sua respiração é fundamental na meditação, e também um exercício de paciência e confiança. Às vezes conseguimos atingir esse estado mais rápido, às vezes precisamos insistir um pouco mais, mesmo que pareça que não estamos relaxando ou respirando profundamente.


Respirar é um exercício.


Meditar é um exercício.


Persista, treine, insista.


O resultado vem naturalmente.


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